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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Lucinha Araújo e Cazuza

Demorei um pouco pra fazer essa postagem, porque ela é pra lá de especial. Fiquei pensando no que eu poderia escrever que fosse a altura da emoção que senti com tamanho presente!
Aliás, acho que é uma história onde todos os envolvidos de alguma forma foram presenteados. 
Há alguns meses, a Indy me encomendou um toy art do Cazuza. Fiz alguns projetos e tal, e ela quis esse da roupa do Rock in Rio. 
Ela, apesar de ser super novinha, é apaixonada por Cazuza, conhece tudo a respeito dele, certamente muito mais que eu, que por mais que curta, não sou uma boa fã e me limito a músicas, filmes, matérias... Coisas que fica ao alcance de todo o mundo. Ela não, ela vai atrás mesmo e pra ela é meio como se ele ainda vivesse... Super dedicada, fã de verdade, daquelas que sabe tudo a respeito. 
Pois bem. Ela dizia que quando encontrasse a Lucinha Araújo (pra quem não sabe, se é que alguém não sabe, mãe do Cazuza) daria o toy-Cazuza a ela.
Pois não é que há alguns dias isso aconteceu? Determinada que só ela, foi lá, conheceu a Lucinha, pegou autógrafo no livro, deu o toy de presente, e chorou, chorou, chorou (segundo ela mesma!)
Aí entra a parte que eu disse que é uma história onde todos ganham. A Indy ganhou ao encontrar essa pessoa que é a responsável, de todas as formas, por termos tido a honra de ter o Cazuza no mundo. A Lucinha, que ganhou o presente material, o toy do seu filho. 
E eu??? Poxa vida!!!! Não pode haver presente maior do que ter o meu trabalho, nas mãos da própria mãe do Cazuza! Embora eu não seja uma boa fã, ele é meu maior ídolo desde a adolescência. Não o único, mas o maior, no sentido de que suas músicas são trilha sonora de muitos momentos lindos da minha vida, e é só assim que eu sei ser fã: Aproveitando o que o artista nos dá.

Conheci Cazuza na minha infância, mas me lembro de ter sido tocada por ele, primeiramente pela garra e coragem na luta contra o HIV. Acho que fica melhor se eu disser: Na luta pela vida. 
Numa época em que falar AIDS era praticamente palavrão. Tabu total, ninguém dizia. As pessoas tinham medo, falavam de forma pejorativa... Ele, com toda a sua audácia e coragem foi lá e deu a cara a tapa e abriu pro mundo o que todas as outras pessoas na mesma situação, escondiam debaixo do tapete, porque tão ruim ou pior que a doença, era o preconceito. 
Eu era criança mas isso já me impressionou e foi aí que passei a admirá-lo. Não era só um compositor incrível, mas um ser humano acima do normal. Alguém que se recusava a ser hipócrita, mesmo quando isso fosse pra se proteger da maldade do mundo. 
Caramba, que engraçado isso. Acho que nunca tinha colocado tudo isso em palavras e é tão antigo em mim... Remexer o baú das minhas memórias, do que eu pensava e sentia ainda tão novinha... 





Pensei que precisava finalizar com uma música dele aqui e fiquei tentando escolher, pensando no que as músicas diziam... Resolvi colocar uma que faz muito parte da minha vida e da minha história, que marcou uma época muito especial que também passou (afinal, o tempo não para, não é mesmo?) mas que guardo com muito carinho, pra sempre. 



Valeu Indy! Presentão por tudo! Até pelo texto que me fez remexer em tanto passado de forma tão carinhosa e saudosa. Hoje eu tô nostálgica. 

3 comentários:

  1. Parabéns Liz!

    E um grande beijo pra Indy - sua fofa!

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  2. Obrigada pelo texto, Liz.
    Me emocionou!

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  3. Que demais! Vida longa ao seu trabalho tão sensível e lindo que tocam à todos que o conhecem! Um beijo grande!

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